No último encontro de oração refletimos sobre a expectativa de ver nossas preces atendidas.
“A oração do humilde penetra as nuvens, ele não se consola enquanto ela não chega a Deus” (Eclo 35,21).
Por muitas vezes, na oração, pedimos a Deus algo que julgamos necessário para nossa realização e se não vemos resposta imediata, caímos no desânimo e deixamos de lado a prece. Que conclusão podemos chegar ao ler esse versículo? O que nos falta, ou melhor, do que precisamos? Humildade e perseverança.
A oração nos leva a uma atitude de humildade, pois a definição dessa virtude é pobreza, é saber que dependemos inteiramente de Deus e que sem Ele nada podemos fazer. E se não somos humildes para reconhecer, devemos pedir essa virtude para darmos fundamento a nossa oração, pois sequer sabemos o que pedir. ”O próprio espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rom 8,26).
As vezes somos inconvenientes no pedir, aliás, esse é um dos motivos pelo qual não vemos nossas orações serem atendidas a nosso modo. Deus nos trata como um pai amoroso, zeloso. Se o que pedimos não for o melhor para nós, o Pai não nos dará.
A oração fervorosa e humilde deve ser baseada na confiança de que Deus fará o melhor sempre. A nós cabe a firme decisão de sermos obedientes e colocar a nossa vontade em conformidade com a vontade de Deus.
Quanto a virtude da perseverança, essa tem sido apagada pelo pensamento anticristão do “menor esforço, máxima recompensa”, do imediatismo. Estamos nos acostumando a clicar no botão para que o mundo se abra diante dos nossos olhos. Um mundo de facilidades com tudo prontinho, onde a paciência fica cada vez mais curta se temos que esperar, deixando assim a virtude de lado.
Neste caso se nossas orações ainda não foram atendidas, ou pedimos mal ou não perseveramos o suficiente na oração, pois é promessa de Jesus que tudo que pedimos na oração com fé, receberemos (Mt 21, 22).
Peçamos a Deus a graça de nos gloriarmos também nas tribulações, como nos ensina o Apóstolo Paulo na Carta aos Romanos, capítulo 5, 3-4: “porque as dificuldades produz paciência, a paciência prova a fidelidade, e a fidelidade comprovada produz esperança e essa nunca engana”.
Que o Espírito Santo, que é o próprio amor de Deus, se derrame em nossos corações nos enchendo de esperança fé e virtudes para bem rezarmos.
“Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria.”
Sta. Teresinha do Menino Jesus
Autor: Andréia Prado